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Mitodologia em Artes cenicas

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Mensagem por Admin Dom Dez 28, 2014 11:17 am

''Entre os anos de 2007 e 2010, desenvolvi o processo criativo do espetáculo Guerreiras, como parte de minha investigação de doutorado (LYRA, 2011). Este processo sucedeu-se, principalmente, por intermédio de uma experiência a que intitulei de Artetnográfica com uma comunidade de Tejucupapo, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. A experiência configurou-se a partir do contato dos artistas envolvidos na montagem de Guerreiras com integrantes da comunidade, que também realizam um espetáculo de título A Batalha das Heroínas, restaurando um episódio histórico ocorrido em 1646, quando um coletivo de mulheres expulsou invasores holandeses da localidade. A Artetnografia traduz-se assim pelo cruzamento complexo gerado do contato entre artistas e comunidade, entre eus e alteridades.''
     Da Artetnografia vislumbrei um modus operandi de criação, a Mitodologia em Artes Cênicas, por meio da qual o artista partícipe do processo cênico vincula-se intimamente à produção de sentido da criação. Este modus operandi não se constitui uma pré-fixação incondicional de práticas, mas procedimentos de cunhos ritualísticos e míticos, que possam fazer eclodir pulsões pessoais e, concomitantemente, universais dos artistas. O complexo que entrevi, é um caminho que o artista aperfeiçoa o pluralismo das imagens colhidas em seu trajeto antropológico, nas suas experiências artetnográficas. Com inspiração primeira na ideia de Mitodologia, cunhada por Gilbert Durand (1990), a Mitodologia em Artes Cênicas, lida com forças pessoais que movem o atuante na relação consigo mesmo e com o campo artetnografado, num processo contínuo de retroalimentação. Da perspectiva durandiana e seus predecessores estudiosos do imaginário, entendemos que o ser humano tem uma vocação mitológica e ritualística, performática, como também aponta  Victor Turner (1974) em seus estudos sobre a Antropologia da Experiência.Há assim uma necessidade vital da imagem e da experiência, uma herança de mitologias, que se põe à prova pelo rito. Desse ponto de vista, o símbolo permite estabelecer o acordo entre o eu e o mundo. Tal constatação conduz a uma transformação epistemológica e metodológica, a qual se distancia de uma estratificação pedagógica de transmissão vertical dos saberes para aproximar-se de certa pedagogia gnóstica, o que Morin (1995) vem a chamar ‘o método do método’. Segundo Durand, a sua Mitodologia, que toma parte de sua Antropologia do Imaginário, procura reconciliar certa ordem metodológica da poética, rejeitando todo o cabedal aristotélico, que teve na escolástica tomista e no método de Descartes, a aliança histórico-filosófica, que desafetava o mito de sua potência, em favor da pesquisa científica que se queria iconoclasta sem imagens, gerada do encadeamento dos fatos num raciocínio. Diz Durand:Jogo com as palavras como veem. Já não uma metodologia mas uma mitodologia. Como se o mito, o sermo-mythicus, fosse o último momento possível, teoricamente possível, de explicação humana (2004, p. 60).
    Do viés da Antropologia da Experiência apontamos uma pedagogia calcada metodologicamente na performance, nas emergências do extraordinário, onde a relação ensino-aprendizagem dá-se à semelhança de relações musicais harmônicas, incluindo também ruídos e tensões da experiência do corpo em contínuo processo social. Podemos afirmar que Turner preconiza uma Pedagogia das Margens ou como o próprio aponta uma Pedagogia da Liminaridade (1974, p. 129), procurando delinear a performance como metáfora e método,  e sugerindo que o corpo dos atuantes aderem constantemente às experiências vividas em sociedade, ou seja, está sempre em estado de aprendizado. A partir dessa ideia entende-se o corpo como lócus performático, do jogo ritual, sendo a performance o espaço de materialização da expressão que vai além da mera comunicação de significados, dando vazão aos ruídos gerados da relação ensino-aprendizagem. A Mitodologia em Artes Cênicas foi elaborada pela via da contaminação com as ideias desses novos campos antropológicos. Assim como Durand defendia uma Antropologia das profundidades, uma Antropologia da imagem reabilitada, com base na Psicologia das profundidades de Jung ou mesmo como Turner reforçava uma Antropologia das margens, que atribui valor ao ‘entre’, ‘a passagem’ representada pela performance. A Artetnografia e seu desdobramento, a Mitodologia em Artes Cênicas, afetadas por estas proposições procuram dar vazão a um Teatro das profundidades, imarginal, no ‘fundo’ e no ‘entre’, contrapondo-se a um teatro de superfície e atingindo camadas mais profundas da psique pessoal e coletiva, na percepção inequívoca das margens sociais. Descendente de estudos vários sobre a imagem arquetípica, a Mitodologia em Artes Cênicas assume as imagens universais, amplas, ou seja, as figuras míticas que suprem características poéticas do pensamento, do sentimento, das ações humanas. Partindo do pessoal, as imagens despersonalizam-se, entendendo que o evento individual pode ser reconhecido como portador de importância e essência coletivas. O trabalho com a Mitodologia em Artes Cênicas, que surge da Artetnografia, visa restaurar o sentido poético original das imagens, libertando-as de servir a um contexto narrativo linear, para adentrar num épico interno que se conta na primeira pessoa, no testemunho em ações e intenções egocêntricas de um sujeito personalista que se universaliza no outro, por meio da imagem na cena.
    A Mitodologia em Artes Cênicas permite ao artista viver na pluralidade, fomentando o indivíduo na sua abertura para o imaginário e para a performance, que por si, são espaços políticos, de transgressão e de ruptura. Abrir-se para estes espaços é abrir-se aos espaços da invenção e da criação. No contato com o imaginário elaboramos o ato de ver o que hoje nos cativa e provoca, nossa máscara, ligamo-nos à raiz mesma do fenômeno performático e suas possibilidades de re-conhecimento humano, relacionando-o ao trajeto da cultura, por meio da Artetnografia. Há de se destacar que a Mitodologia em Artes Cênicas não é uma combinação de técnicas tomadas emprestadas de fontes da Psicologia, da Antropologia, do ocultismo ou mesmo do Teatro, se bem que há adaptado elementos de muitas delas para sua composição, é antes de mais nada, um complexo de procedimentos para criação cênica estimulado pela experiência artetnográfica. Com esta proposição mitodológica, não há intenção de ensinar ao atuante um conjunto pré-fixado de habilidades dedutivas, e sim complexificar a relação do atuante consigo mesmo e com o outro, ligando estas ações diretamente com a maturação deste mesmo atuante, que se expõe pessoalmente na poética cênica, afastando-se, de forma concomitante, de uma postura egóica.  Dentre suas diretrizes, a Mitodologia em Artes Cênicas: (1) Propõeuma episteme particular, uma reconciliação entre poderes da imagem e do símbolo e os poderes do raciocínio na criação cênica, isto é, a interpenetração entre via lúdica e intelectiva; (2) Fomenta um tempo distendido para criação, um tempo cíclico; (3) Estimula a continuidade entre os imaginários do ator e de sua máscara ritual, vinculando trajetos pessoais, subjetivos a emanações culturais objetivas do meio cósmico social na pesquisa artística;(4) Alicerça-se sobre fundamentos arquetípicos; (5) Dirige-se ao reequilíbrio dos pólos, trazendo para a realidade do artista ocidental, eminentemente diurna, um maior contato com técnicas de espiritualização e de desenvolvimento de possibilidades outras do corpo, de contato consigo mesmo; (6) Preconiza uma pedagogia do (des)envolvimento interior, onde a ação de desenvolver-se estava intimamente ligada à ação de envolver-se do atuante com o processo de criação; (7) A partir da Mitodologia em Artes Cênicas, a performance torna-se expansão do mito.
    Os objetivos da Mitodologia em Artes Cênicas giram em torno da ideia de restauração da realidade imarginal (imagem e margem) do atuante cênico; do cultivo de sua imaginação e fusão entre seu corpo-alma-espírito, visando que atinja o estado de conexão consigo mesmo por meio de sua matéria corporal, incluindo aí imagens de todas as sortes, desde sons, palavras, músicas, gestos, imagens oníricas, imagens de fantasias, imagens poéticas, que compõem seu trajeto antropológico e de sua cultura, fomentando uma autogeração do si na troca incessante com o meio pela via das máscaras. Os procedimentos da Mitodologia em Artes Cênicas não estão isolados como um conjunto de práticas, mas foram compostos a partir de pressupostos e princípios norteadores, sem os quais não existiriam. Os dois pressupostos foram intitulados, Artetnográfico e Lúdico. Os princípios em número de três são: o Princípio Narcísico, o Princípio Alquímico e o Princípio Místico. Os procedimentos desta Mitodologia surgem, a priore, em três grandes grupos de ritos/jogos seguindo a jornada do herói, quais sejam: Ritos de Partida, Ritos de Realização  e  Ritos de Retorno.Os pressupostos mitodológicos são desígnios antecipados da Mitodologia em Artes Cênicas. Antes de se configurarem os princípios e procedimentos mitodológicos, é importante que se saiba que esta Mitodologia parte de um processo que se dá, preliminarmente, entre o eu e a alteridade, do artista ao meio, daí artetnográfico e essa ação do eu ao outro, acontece por meio de um estado de ludicidade, da brincadeira.Por se traduzir como pressuposto da Mitodologia em Artes Cênicas, a Artetnografia, coloca-se na base dos princípios e procedimentos mitodológicos, ou seja, não há Mitodologia, se não houver um ato de risco do artista no confronto com os abismos de si e do outro em toda a sua estranheza. A Mitodologia é fomentada pela saída do artista de sua aura habitual para o encontro da desconhecida alteridade, e tal encontro dá-se por intermédio do jogo, por isso lúdico. No encontro são estimuladas recombinações, reinvenções de realidades, que se desvelam na criação artística.
     Os princípios mitodológicos são causas primárias, preceitos para o surgimento dos procedimentos mitodológicos. Dividem-se em: Princípio Narcísico; Princípio Alquímico e o Princípio Místico. Os procedimentos seguem estas primícias, que são regras-base para configuração das práticas da Mitodologia em Artes Cênicas. O Princípio Narcísico é o legítimo lago, onde o atuante pode vislumbrar suas potências e fraquezas, desde as margens ao fundo de si. Pelo Princípio Narcísico da Mitodologia em Artes Cênicas, entendemos que enquanto o atuante olha para si no processo de criação também é olhado por este espelho d’água que se aprofunda. O artista escolhe o que olhar e para escolher é preciso que haja qualquer coisa que o olhe, concomitantemente. A Mitodologia contém momentos de “luz” sobre a criação, fomentando questões sobre quem realmente somos, o porquê da arte que fazemos, elaborando operações e momentos onde já não somos mais as nossas questões, não estamos mais a elas misturados e sim as compreendemos. O processo de Mitodologia em Artes Cênicas propõe-se gradativamente a libertar o atuante de uma alma não-cultivada. Com base do Princípio Alquímico, trabalha-se com a ideia de espiritualizar/ volatizar aquilo que é denso, material, literal e dar corpo aos nossos sonhos, fantasias e imagens, àquilo que é volátil em nós. Por meio do Princípio Alquímico, entende-se que a Mitodologia em Artes Cênicas promove um processo de transformação, utilizando toda a vivência artetnográfica enquanto laboratório de criação, desde as experiências em sala de ensaios até a troca com as comunidades artetnografadas. Desta maneira a ideia do laboratório de criação não se fixa entre atuantes e orientador do processo, mas rompe o vaso protegido do espaço de criação, entendendo como este espaço toda a vida do atuante e suas relações, um grande laboratório, que se molda como vaso alquímico real para a criação. Toda a vida é labor (trabalho) oratório (em oração). Na Mitodologia em Artes Cênicas, o Princípio Místico tem total relação com a religião, mas no sentido da re-ligação do artista ao processo vivenciado, visto como cosmos. O Princípio Místico, como redunda o nome, contém os dois princípios mitodológicos anteriores, assim como os pressupostos.
    Os procedimentos mitodológicos são práticas que seguem as diretrizes preconizadas, obedecem aos pressupostos estabelecidos e se baseiam nos princípios já explicitados. Na sistematização destes procedimentos, a jornada mítica do herói ou os ritos de passagem (VAN GENNEP, 1978): ritos de partida, ritos de realização e ritos de retorno, são tomados como aportes. Os ritos de partida são ritos iniciáticos do processo de criação. Seguindo a teorias dos ritos de passagem, equivalem aos ritos de separação, quando acontece o comportamento simbólico de afastamento do indivíduo ou de um grupo de um ponto fixo da estrutura social. Os Ritos de Realização possuem características transitantes e ambíguas, trazem referências dos Ritos de Partida (investigação acerca da pessoalidade) e dos ritos futuros, onde emergem as alteridades, as figuras ou máscaras rituais que irão criar a configuração da performance propriamente dita. Os Ritos de Retorno traduzem-se como ritos de avaliação do processo criativo.Dentre os ritos de partida temos os seguintes procedimentos: A Mística, a I Jornada artetnográfica e as Vivências Mitodramáticas. Os procedimentos que fazem parte dos ritos de realização dividem-se em: Vivências Mitocênicas; II Jornada artetnográfica e a Comunhão Performática. Quanto aos ritos de retorno temos: A partilha e A soma.A Mística configura-se como momento onde os artistas envolvidos no processo de criação realizam reflexões a respeito de seus princípios artísticos, porquês da busca por aquela poética, pela aquela determinada temática, tomando como referências diversos pensadores e práticas relacionadas o mito-guia do processo. Passado o rito A Mística, onde artistas deparam-se com expectativas e reflexões, mapeando referências sobre o mito-guia do processo criativo, desemboca-se na I Jornada Artetnográfica, fase onde se dá um primeiro momento de trânsito destes mesmos artistas em comunidade ressonante com o leitmotiv processual levantado no coletivo. No decorrer da I Jornada Artetnográfica capta-se toda sorte de imagens para criação, entendendo esta observação como uma ação comprometida com o ato de observar, sendo, concomitantemente o artista, observado. Nesta interação com a comunidade há decerto, a abolição da causalidade linear, ou mesmo o tratamento da comunidade como uma mera fonte, mas antes, fomenta-se um terreno comum de compreensão entre o observador e o objeto que observa (GEERTZ, 2008, p. 49).
    Após os procedimentos de A Mística e da I Jornada Artetnográfica no processo mitodológico, seguem as Vivências Mitodramáticas, nas quais existe uma experiência de emsimesmamento do atuante por meio de diversos jogos/ritos, que seguem os princípios do jogo dramático infantil (Child Drama), que foram desenvolvidos pelo pedagogo inglês Peter Slade (1978) e propõe que todos os participantes do jogo atuem, sem que haja a presença de espectadores. As Vivências Mitocênicas, englobadas nos Ritos de Realização, seguem às Vivências Mitodramáticas. Assim como estas inspiram-se nos jogos dramáticos, as primeiras derivam da ideia dos jogos teatrais. Diferente das Vivências Mitodramáticas que se caracterizam por envolver todos participantes no jogo, sem uma preocupação estética, as Vivências Miitocênicas promovem a divisão entre atores e espectadores, onde os primeiros todos atuando sob a égide da improvisação livre ou planejada. A II Jornada Artetnográfica, que segue as Vivências Mitocênicas, configura-se como segundo momento de trânsito dos artistas na comunidade investigada. No decorrer da II Jornada Artetnográfica retorna-se com a performance ou a poética criada, a partir das imagens captadas na primeira interação em campo. Este rito confunde-se com o próximo intitulado Comunhão Performática, justamente por ser um estágio que se engloba tanto um momento de contato com a comunidade posteriormente à criação, como também a própria criação performática e seu contato com a comunidade. A ação dos atuantes frente à comunidade é, justamente, a observação sutil das mudanças operadas como ecos do contato anterior e as novas alterações devido ao contato com a poética nascente das relações entre atuantes e comunidade. Considerando que a força ritual está em sua forma e que sua força está na sua meta de transmissão da mensagem, a Comunhão Performática é assim, o ápice do processo mitodológico, e se manifesta como Rito Coletivo, por excelência, quando artistas e comunidade comungam da experiência gerada do contato, concluindo os Ritos de Realização.
     No que tange aos Ritos de Retorno, tem-se os Ritos da Partilha e da Soma. O Rito da Partilha fornece informações sobre o processo de criação, permitindo aos atuantes decidir sobre as intervenções e redirecionamentos que se fizerem necessários em face do projeto criativo empreendido, além de promover relações cooperativas e colaborativas, na observação da compatibilidade entre os objetivos e os resultados efetivamente alcançados durante o desenrolar do percurso experienciado. Este mecanismo de feedback auxilia nas reformulações dos procedimentos de criação por parte do orientador do processo, no sentido de encontrar estratégias de criação, as quais emancipem o atuante, autônomo de seu processo criativo. O Rito da Soma permite compreender o nível de (des)envolvimento de cada atuante, gerando uma só imagem do processo que favorece a uma espécie de balanço final, uma visão de conjunto relativamente a um todo sobre o qual, até aí, só haviam sido feitos pareceres parcelares. Comprometida com a transformação global do atuante (pessoal, artística e social), a Mitodologia em Artes Cênicas prioriza o caráter educativo da avaliação dentro de uma perspectiva emancipatória e democrática, onde todos os participantes do processo criativo responsabilizam-se pelo fim da jornada. Somente esta visão somática, integrada pode abrir espaço para o início de novo ciclo.
Por fim, a Mitodologia em Artes Cênicas, fruto da experiência Artetnográfica, é percurso possível para que o artista possa empreender a ideia da f(r)icção entre vida e arte, na investigação da alma, começando por si para animar o mundo. Os mitos são fundamentais, retóricas da Mitodologia em Artes Cênicas, eles abrem as questões da vida à reflexão pessoal e culturalmente imaginativa, por isso abrandam o desejo de conhecer o outro, sem passar por si, e promovem a compreensão de que o principal impedimento de conhecer o outro é exatamente o desejo ansioso e temeroso de conhecê-lo. A Mitodologia em Artes Cênicas, assim como a Artetnografia são autênticas filhas do mundo pós-moderno, bebem do mesmo vinho de pensadores como Durand e Turner, que alimentam estruturas politeístas de pesquisa, daí entender que tais proposições não são sistemas teórico-práticos que surgem do pensamento de uma pessoa que as nomeiam, identificando-se depois com um pequeno grupo, nem tampouco são restritas a uma cidade, a um contexto que lhes dão nomes. Defendo que por suas origens polissêmicas e estruturas multivocais, reúnam em seus complexos várias fontes e possibilidades de ataque aos diversos fronts, abrindo-se a outras jornadas, que  como o espetáculo Guerreiras, tenha o sujeito, a alma da cultura, o humano, enquanto vértices, matérias-primas do processo.  O trabalho com a Mitodologia em Artes Cênicas, mais do que uma tentativa de implementação de um método, desvela intenções do pensamento contemporâneo na restauração da imagem e do mito como molas propulsoras do reconhecimento de si, assim como a performance enquanto meio ritual de expressão destas imagens, no estímulo à cena comprometida com a ‘remitologização’ do mundo.

FONTE:unaluna.art.br

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