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Estética: Uma filosofia do belo?

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Estética: Uma filosofia do belo? Empty Estética: Uma filosofia do belo?

Mensagem por Admin Sex Dez 26, 2014 10:14 am

Olá a todos, encontrei este artigo pesquisando mais sobre o ramo filosófico e a estética, me ajudou a entender um pouco.

    A palavra “estética” vem do grego “aísthesis” e significa “sensação”, “sentimento”. Diz respeito à análise do complexo das sensações e dos sentimentos originados na relação entre o sujeito e o objeto(como já dito no tópico anterior). Investiga, portanto, as produções, sobretudo artísticas, da sensibilidade. Partindo dessa definição, algumas questões, conforme propõe Kathrin Rosenfield, despontam no campo da estética, a saber: a) nossos juízos de valor quanto às coisas sensíveis são meramente subjetivas e arbitrárias? b) as regras do gosto seriam meras convenções, normas impostas pela autoridade individual ou coletiva? c) haveria no gosto um elemento racional ou uma capacidade autônoma de perceber e julgar? Diante dessas questões que se nos apresentam, as obras de arte ocupam lugar de destaque na resolução desses dilemas. Como afirma Marilena Chauí, a relação entre inspiração do autor, beleza da obra e juízo de gosto do público, constitui a base sobre a qual o campo da “estética” se configura. Enquanto disciplina acadêmica, a estética começa no século XVIII, a partir da investigação do filósofo alemão Alexander Baumgarten (1714-1762). Antes dele, a estética estava integrada em abordagens sistemáticas da filosofia, que muitas vezes se confundiam com as reflexões auxiliares concernentes à teoria do conhecimento e à ética. Nesse sentido, os trabalhos de Baumgarten possibilitaram a separação da doutrina da beleza estética em relação às outras partes da filosofia, dando autonomia a essa disciplina por ele considerava “irmã gêmea da lógica”. Todavia, embora este autor tenha sido fundamental para esse processo, cumpre afirmar que a plena autonomia da experiência estética veio respectivamente com Kant e com Hegel. Com a consolidação deste campo da filosofia, algumas questões despontam como indispensáveis, a saber,  as experiências estéticas estariam submetidas a alguma finalidade predeterminada ou constituem uma ordenação lógica? A estética seria resultado da cultura? Ou seria a cultura resultado da inclinação estética do homem? Quem tem prioridade, os aspectos estéticos ou utilitários?
    A maior parte dos manuais de estética, ao analisar o surgimento da arte encontra dificuldades em responder a essas questões sobre os fins utilitários e os fins estéticos, afinal, é bastante difícil saber, analisando as obras produzidas pelas culturas mais antigas, se estas obras buscavam ser estéticas ou utilitárias ou se ambos os elementos misturavam-se. Segundo Ariano Suassuna, a estética era definida no período clássico como uma filosofia do belo, sendo o “belo” considerado uma propriedade do objeto. Entretanto, afirma o referido autor, havia um embate entre o belo da natureza e o belo da arte (produzido pelo homem), sendo este menosprezado em relação àquele, pelo menos até o século XIX, quando Hegel subverteu essa relação colocando o belo da arte acima do belo da natureza. A justificativa para essa inversão é que enquanto o belo da natureza é nascido uma vez do espírito, o da arte é nascido duas. Mas essa definição da estética como “filosofia do belo” sofreu modificações ao longo do tempo, principalmente com os pensadores pós-kantianos que indagaram se o belo seria o único elemento apreciável numa obra. Em outras palavras, esses pensadores percebem que outros elementos compunham o campo da estética além do belo. O fato não era novo, mesmo Aristóteles considerava a comédia, arte do feio e da desordem, parte da estética. Outras categorias como o cômico, o feio, o sublime, o risível, etc., deveriam fazer parte do estudo da estética e não só o belo. Propunham esses pós-kantianos uma ciência da estética (e não filosofia), cujo objeto é campo estético, do qual era o belo apenas uma parte. A importância dos pensadores pós-kantianos foi justamente a de contribuir para ampliação do campo da estética, incluindo não só a arte apolínea, mas também a dionisíaca 
FONTE: Por Sidnei Ferreira de Vares; revista o parâmetro.

Atenciosamente.
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