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Ésquilo-Dramaturgo grego

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Mensagem por Admin Qui Dez 25, 2014 1:50 pm

Olá a todos, dando continuidade a série ''Dramaturgos gregos'', dessa vez trazendo a história de Ésquilo, primeiro dramaturgo grego.
*Fotos tiradas da internet

Ésquilo-Dramaturgo grego Z  Ésquilo-Dramaturgo grego 9k=   Ésquilo-Dramaturgo grego Esquilo    

   Ésquilo foi um dramaturgo da Grécia Antiga. É reconhecido frequentemente como o pai da tragédia e é o mais antigo dos três trágicos gregos cujas peças ainda existem (os outros são Sófocles e Eurípedes). De acordo com Aristóteles, Ésquilo aumentou o número de personagens usados nas peças para permitir conflitos entre eles; anteriormente, os personagens interagiam apenas com o coro. Apenas sete de um total estimado de setenta a noventa peças feitas pelo autor sobreviveram à modernidade; uma destas, Prometeu Acorrentado(veja esta peça em ''Livros'' na ''Biblioteca Virtual'' do fórum), é tida hoje em dia como sendo de autoria de um autor posterior. Pelo menos uma das obras de Ésquilo foi influenciada pela invasão persa da Grécia, ocorrida durante sua vida. Sua peça Os Persas continua sendo uma grande fonte de informação sobre este período da história grega. A guerra teve tamanha importância para os gregos e para o próprio Ésquilo que, na ocasião de sua morte, por volta de 456 a.C, seu epitáfio celebrava sua participação na vitória grega em Maratona, e não seu sucesso como dramaturgo.
   Não existem fontes confiáveis para a vida de Ésquilo. Diz-se que nasceu por volta de 525 a.C. em Elêusis, pequena cidade a cerca de 27 quilômetros a noroeste de Atenas, aninhada nos férteis vales da Ática ocidental, embora a data tenha sido obtida provavelmente com base na contagem de quarenta anos antes de sua primeira vitória da Grande Dionísia. Sua família era rica e tinha boa posição social; seu pai, Eufórion, era membro dos eupátridas, a antiga nobreza da Ática. Ainda jovem, Ésquilo trabalhou num vinhedo até que, de acordo com o geógrafo Pausânias, que escreveu no século II d.C., o deus Dioniso o teria visitado em seu sono e ordenado que voltasse sua atenção para a arte então nascente da tragédia. Assim que acordou do sonho, o jovem Ésquilo teria começado a escrever uma tragédia, cuja primeira performance deu-se em 499 a.C., quando tinha apenas 26 anos de idade. Eventualmente obteria sua primeira vitória na Dionísia da Cidade em 484 a.C. Em 490 a.C. Ésquilo e seu irmão, Cinegiro, lutaram defendendo Atenas do exército persa de Dario I, na Batalha de Maratona. Os atenienses, embora em número inferior, conseguiram cercar e dizimar as forças persas; esta derrota crucial pôs um fim à primeira invasão persa da Grécia, e foi celebrada por todas as cidades-Estado gregas. Embora Atenas tenha saído vitoriosa, Cinegiro morreu durante o combate. Em 480 a.C. Ésquilo foi convocado novamente para o serviço militar, desta vez para combater as forças de Xerxes I, na Batalha de Salamina e, possivelmente, na Batalha de Plateia, em 479. Salamina ocupa um lugar de destaque na peça Os Persas, obra mais antiga do autor a ter sobrevivido aos dias de hoje, executada pela primeira vez publicamente em 472 a.C., e que venceu o primeiro prêmio na Dionísia.
   Ésquilo foi um dos muitos gregos que haviam sido iniciados nos Mistérios de Elêusis, um culto devotado à deusa Deméter com sede em sua terra natal de Elêusis. Como indica o nome, os membros deste culto supostamente obtinham algum tipo de conhecimento místico secreto. Relatos consistentes dos ritos específicos praticados nos Mistérios são escassos, já que os membros juravam, sob pena de morte, não revelar nada sobre eles aos não-iniciados. Ainda assim, de acordo com Aristóteles, muitos achavam que Ésquilo teria revelado alguns dos segredos do culto no palco. De acordo com outras fontes, uma turba enfurecida teria tentado matá-lo por este motivo, porém ele teria logrado fugir. Ao ser julgado pelo fato, Ésquilo alegou ignorância, e só teve sua vida poupada por seu corajoso serviço nas Guerras Persas. Ésquilo viajou à Sicília uma ou duas vezes durante a década de 470 a.C., a convite de Hierão, tirano de Siracusa, uma das principais colônias gregas no lado oriental da ilha; durante uma destas viagens escreveu As Mulheres de Etna, em homenagem à cidade fundada pelo tirano, e reencenou Os Persas. Em 473 a.C., após a morte de Frínico, um de seus principais rivais, Ésquilo passou a ser o favorito anual na Dionísia, conquistando o primeiro lugar em quase todas as edições da competição. Em 458 a.C. retornou à Sicília pela última vez, visitando a cidade de Gela, onde veio a morrer em 456 ou 455. Alega-se que teria sido morto por uma tartaruga, derrubada das alturas sobre sua cabeça por uma águia, porém a história é provavelmente apócrifa. A obra de Ésquilo era tão respeitada pelos atenienses que, após sua morte, suas tragédias passaram a ser as únicas a poderem ser reencenadas nas edições seguintes das competições teatrais da cidade. Seus filhos, Eufórion e Evéon, e seu sobrinho, Filócles, seguiram seus passos e também se tornaram dramaturgos.A inscrição na lápide de Ésquilo não fazia qualquer menção à sua fama teatral, homenageando apenas suas glórias militares: ''Sob esta pedra jaz Ésquilo, filho de Eufórion, o Ateniense, que pereceu nas terras ricas em trigo de Gela;
da sua nobre bravura o bosque de Maratona pode falar, assim como o persa de longos cabelos, que a conhece bem.

Obras:
      Durante a época em que Ésquilo viveu competições dramáticas passaram a ser uma parte integrante da Dionísia da Cidade, realizada durante a primavera. A primeira competição da qual Ésquilo teria participado reuniu três autores que apresentaram três tragédias cada um, seguidas por uma pequena peça satírica. Seguia-se uma segunda competição de cinco dramaturgos cômicos, e os vencedores de ambas as competições eram escolhidos por um corpo de jurados. Ésquilo participou de muitas destas competições ao longo de sua vida, e diversas das fontes antigas atribuem entre setenta e noventa peças a ele. Apenas sete de suas tragédias sobreviveram intactas até os dias de hoje: Os Persas, Sete contra Tebas, As Suplicantes, a trilogia conhecida como A Oresteia, que consiste das três tragédias Agamenon, As Coéforas e As Eumênides, além de Prometeu Acorrentado, cuja autoria é questionada. Com a exceção desta última, cujo sucesso é incerto, sabe-se com segurança que todas estas venceram a primeira colocação na Dionísia da Cidade. A Vida de Ésquilo indica que o dramaturgo teria vencido por treze vezes o torneio. Uma característica marcante da dramaturgia esquiliana parece ter sido sua tendência de escrever trilogias interligadas, onde cada peça serve como um capítulo de uma narrativa dramática contínua. A Oresteia é o único exemplo ainda existente deste tipo de trilogia do autor, porém existem diversas evidências que eram frequentes no catálogo de Ésquilo. As peças cômicas satíricas que se seguiam às suas trilogias dramáticas frequentemente abordavam um tópico mítico relacionado. A peça satírica Proteu, por exemplo, encenada juntamente com a Oresteia, abordava a história do período em que Menelau esteve no Egito, durante sua viagem de volta para casa após a Guerra de Troia. Com base nas evidências fornecidas por um catálogo de títulos de peças de Ésquilo, scholia e fragmentos de peças citados por autores posteriores, acredita-se que três outras das peças existentes de Ésquilo tenham feito parte de trilogias: Sete contra Tebas seria a peça final de uma trilogia sobre Édipo, e As Suplicantes e Prometeu Acorrentado seriam as primeiras partes de diferentes trios. Diversas destas trilogias abordaram mitos relacionados à Guerra de Troia; uma delas, conhecida coletivamente como a Aquileida, que reunia as obras Mirmidões, Nereidas e Frígios (ou O Resgate de Heitor), outra trilogia aparentemente narrava a entrada do aliado troiano Mêmnon na guerra, e de sua morte por obra de Aquiles (Mêmnon e A Pesagem das Almas seriam dois componentes da trilogia); A Premiação das Armas, As Frígias e As Salaminas sugerem uma trilogia sobre a loucura e o subsequente suicídio do heroi Ájax. Ésquilo também parece ter abordado o retorno de Odisseu a Ítaca depois da guerra (incluindo o assassinato dos pretendentes de sua esposa, Penélope, e as consequências do ato) com uma trilogia, composta por Os Evocadores de Almas, Penélope e Os Coletores de Ossos. Outras trilogias sugeridas pelos estudiosos teriam abordado o mito de Jasão e os Argonautas (Argos, Lêmnias, Hipsípile), a vida de Perseu (Os Pescadores, Polidetes, Fórcides), o nascimento e os feitos de Dioniso (Sêmele, Bacantes, Penteu) e o cenário posterior à guerra mostrada em Sete contra Tebas (Eleusinas, Argivas, Filhos dos Sete).

Então é isso pessoal, este é o segundo dramaturgo grego da série.
FONTE: Wikipédia

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