Dicas de Dramaturgia
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Dicas de Dramaturgia
1. Ação dramática
É a parte do conflito; apresenta-se com início, desenvolvimento, eclosão (ápice) e resolução. Aponta Hegel in Estética. Poesia, p. 393; citado no livro de Pallottini: O que é dramaturgia: o conflito(colisão) como sendo a pedra de toque do drama. O interesse dramático só nasce da colisão
entre os objetivos dos personagens. A concentração de todos os elementos do drama na colisão é que constitui o nó da obra.
2. Diz ainda Hegel, Ibid, p. 451:
Os personagens da tragédia antiga, verdadeiras estátuas vivas, são isentos de conflitos íntimos; diferente da tragédia moderna que os personagens se apropriam, desde do começo, do princípio da personalidade ou da subjetividade. Faz do caráter pessoal em si, e não da individualização das forças morais, sem objetivo próprio e fundo de suas representações. Por conseguinte, para Hegel o herói moderno enfrenta conflitos que dependem de seu próprio caráter, padecendo de seus conflitos interiores.
3. Atendo-se mais à idéia de conflito,
diz Hegel que a finalidade de uma ação só é dramática se produzir paixões opostas, interesses (idéias e verdades morais ou religiosas, princípios de direito, do amor à pátria ou a outrem, sentimentos de família etc. (de caráter elevado, divino e verdadeiro).
4. Unidade de ação
conforme Hegel a unidade de ação é caracterizada pelas ações (e vontades), caminhando para o seu desenlace. A verdadeira unidade de ação só se realiza no movimento total, incluindo todas as vontades e colisões.
5. Progressão dramática
é a precipitação contínua até o fim, o que se explica pelo conflito. À medida que as forças contrárias chegam ao ponto maior do desacordo entre sentimentos, objetivos e atos, mas sente-se a necessidade de solução; os acontecimentos são impelidos a uma solução,ou seja, desemboca na dinâmica do conflito.
6. Obstáculos a serem superados pelos heróis dramáticos
Brunetière examina, que são eles:
a) Intransponíveis – destino para os gregos; providência para os cristãos; as leis da natureza; as paixões violentas para nós; daí vontades do personagem x obstáculo interior = tragédia;
b) Transponíveis – geralmente formados por preconceito ou pela vontade de outros homens, então temos o drama.
c) Vontades opostas – quando se consegue equilibrar ao obstáculo à vontade; quando se consegue transpô-lo; aí é comédia.
d) Relativizando o conjunto, localização do obstáculo na ironia da sorte, num preconceito ridículo, ou na desproporção entre os meios e os fins, temos então a farsa.
7. Hegel, Aristóteles, Dryden e Brunetière são da mesma opinião: Teatro é ação; ação dramática é conflito, em geral de vontades conscientes em busca de seus objetivos. Isso se se fala em teatro dramático, em teatro aristotélico (não becketiano).
8. Becket faz as comparações entre forma dramática e forma épica de teatro a seguir:
Forma dramática X Forma épica
Realiza-se através da ação – Narração
Envolve o espectador – Torna o espectador observador
Gasta -lhe a atividade – Desperta a sua atividade
Possibilita-lhe emoções – Força-o a tomar decisões
Dá-lhe vivência – Dá-lhe concepção de mundo
O espectador é posto dentro de algo – Age por meio de sugestão
Os sentimentos são conservados – O espectador é impelido a efetivar atos do conhecimento
O espectador identifica-se, convive – O espectador estuda
O homem é imutável – O homem é objeto de pesquisa
O homem é não muda – O homem é mutável
Tensão visando ao desfecho – Visa ao desenvolvimento
9. Diz também Stanislaviski que a construção do personagem passa pelo treinamento do corpo e do trabalho rigoroso da voz.
10. Ainda Stnislaviski, o trabalho do ator não é uma simples imitação, ou a repetição do trabalho dos atores. Será sempre o resultado de uma criação original.
Fonte:loudeslimeira.com.br
Atenciosamente.
É a parte do conflito; apresenta-se com início, desenvolvimento, eclosão (ápice) e resolução. Aponta Hegel in Estética. Poesia, p. 393; citado no livro de Pallottini: O que é dramaturgia: o conflito(colisão) como sendo a pedra de toque do drama. O interesse dramático só nasce da colisão
entre os objetivos dos personagens. A concentração de todos os elementos do drama na colisão é que constitui o nó da obra.
2. Diz ainda Hegel, Ibid, p. 451:
Os personagens da tragédia antiga, verdadeiras estátuas vivas, são isentos de conflitos íntimos; diferente da tragédia moderna que os personagens se apropriam, desde do começo, do princípio da personalidade ou da subjetividade. Faz do caráter pessoal em si, e não da individualização das forças morais, sem objetivo próprio e fundo de suas representações. Por conseguinte, para Hegel o herói moderno enfrenta conflitos que dependem de seu próprio caráter, padecendo de seus conflitos interiores.
3. Atendo-se mais à idéia de conflito,
diz Hegel que a finalidade de uma ação só é dramática se produzir paixões opostas, interesses (idéias e verdades morais ou religiosas, princípios de direito, do amor à pátria ou a outrem, sentimentos de família etc. (de caráter elevado, divino e verdadeiro).
4. Unidade de ação
conforme Hegel a unidade de ação é caracterizada pelas ações (e vontades), caminhando para o seu desenlace. A verdadeira unidade de ação só se realiza no movimento total, incluindo todas as vontades e colisões.
5. Progressão dramática
é a precipitação contínua até o fim, o que se explica pelo conflito. À medida que as forças contrárias chegam ao ponto maior do desacordo entre sentimentos, objetivos e atos, mas sente-se a necessidade de solução; os acontecimentos são impelidos a uma solução,ou seja, desemboca na dinâmica do conflito.
6. Obstáculos a serem superados pelos heróis dramáticos
Brunetière examina, que são eles:
a) Intransponíveis – destino para os gregos; providência para os cristãos; as leis da natureza; as paixões violentas para nós; daí vontades do personagem x obstáculo interior = tragédia;
b) Transponíveis – geralmente formados por preconceito ou pela vontade de outros homens, então temos o drama.
c) Vontades opostas – quando se consegue equilibrar ao obstáculo à vontade; quando se consegue transpô-lo; aí é comédia.
d) Relativizando o conjunto, localização do obstáculo na ironia da sorte, num preconceito ridículo, ou na desproporção entre os meios e os fins, temos então a farsa.
7. Hegel, Aristóteles, Dryden e Brunetière são da mesma opinião: Teatro é ação; ação dramática é conflito, em geral de vontades conscientes em busca de seus objetivos. Isso se se fala em teatro dramático, em teatro aristotélico (não becketiano).
8. Becket faz as comparações entre forma dramática e forma épica de teatro a seguir:
Forma dramática X Forma épica
Realiza-se através da ação – Narração
Envolve o espectador – Torna o espectador observador
Gasta -lhe a atividade – Desperta a sua atividade
Possibilita-lhe emoções – Força-o a tomar decisões
Dá-lhe vivência – Dá-lhe concepção de mundo
O espectador é posto dentro de algo – Age por meio de sugestão
Os sentimentos são conservados – O espectador é impelido a efetivar atos do conhecimento
O espectador identifica-se, convive – O espectador estuda
O homem é imutável – O homem é objeto de pesquisa
O homem é não muda – O homem é mutável
Tensão visando ao desfecho – Visa ao desenvolvimento
9. Diz também Stanislaviski que a construção do personagem passa pelo treinamento do corpo e do trabalho rigoroso da voz.
10. Ainda Stnislaviski, o trabalho do ator não é uma simples imitação, ou a repetição do trabalho dos atores. Será sempre o resultado de uma criação original.
Fonte:loudeslimeira.com.br
Atenciosamente.
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